4 práticas de ESG para adotar em casa

Quando o assunto é ESG, temos nos deparado com a ecoansiedade, ou ansiedade climática, que tem afetado principalmente crianças e jovens, mais intensamente, diante das perspectivas de alterações climáticas e eventos naturais extremos, como queimadas, enchentes e ondas de calor.

Nesse contexto, na OPEE Educação transmitimos com frequência a importância de termos esperança e, principalmente, como ensina o educador e filósofo Paulo Freire, uma esperança ativa. Ou seja, aquela que não se limita à espera e nos convida às ações de acreditar que é possível e, por isso, transformar a realidade. 

Sabemos que os mais expressivos impactos no meio ambiente são causados por grandes empresas. Mas mudar estilo de vida e padrões de consumo são fundamentais para termos esperança ativa e também pressionar as organizações para transformarem a cadeia produtiva.

Assim, selecionamos quatro práticas de ESG para se adotar em casa, alinhadas à Agenda 2030 e aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU):

 


  1. Planejaneje refeições e reduza o desperdício de alimentos

Antes de ir ao supermercado, faça um cardápio semanal e compre apenas o que realmente será consumido. Armazene os alimentos corretamente, com respeito à temperatura e validade, e utilize as sobras em outras receitas, como sopas, caldos ou tortas. Fique de olho na despensa para não comprar mais produtos que você já tem em casa. Essas e outras medidas evitam que alimentos estraguem na geladeira ou no armário.

Isso é importante porque, segundo a ONU, 8 a 10% das emissões de gases de efeito estufa do mundo estão relacionadas à perda ou desperdício de alimentos. Por isso, a meta 12.3 da Agenda 2030 estabelece reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita no varejo e no consumidor, bem como diminuir as perdas ao longo das cadeias de produção e abastecimento.


  1. Evite o desperdício de energia

Substitua lâmpadas incandescentes e fluorescentes por lâmpadas LED, que consomem até 30% menos energia. Além disso, desligue o chuveiro elétrico durante o ensaboamento, uma vez que é responsável por cerca de 23% do gasto mensal de energia elétrica nas residências, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. E, sempre que possível, aproveite a luz natural e use eletrodomésticos como máquina de lavar e ferro de passar quando houver volume maior de roupas ou louças.

Esses hábitos contribuem tanto para diminuir a conta de luz como para reduzir as emissões de gases associados à geração de eletricidade.


  1. Cuide da destinação adequada dos resíduos sólidos

Separe resíduos orgânicos, recicláveis e rejeitos. Para o lixo orgânico (cascas de frutas, restos de alimentos e aparas de vegetais), implante uma composteira caseira em vasos, minhocários ou composteiras de fácil manuseio. Além de gerar menos lixo, isso produz adubo para as plantas. Também separe papel, plástico, metal e vidro para coleta seletiva. Reduza o uso de descartáveis (copos, talheres e embalagens plásticas) e, sempre que possível, reutilize produtos antes de descartá‑los.

Até 2030, a meta 12.5 dos 17 ODS pretende reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio de prevenção, redução, reciclagem e reuso. A compostagem doméstica e a coleta seletiva contribuem diretamente para essa meta.


  1. Consuma com consciência e escolha fornecedores responsáveis

Antes de comprar, pesquise sobre o histórico socioambiental da empresa fabricante. Prefira marcas que adotem práticas de responsabilidade social, que envolvem boas condições de trabalho, remuneração justa e não utilização de trabalho infantil. Outro aspecto a se atentar é à responsabilidade produtiva, ou seja, uso responsável de recursos naturais e ter certificações socioambientais. Isso estimula a cadeia a adotar práticas éticas.

Texto: Marcela Braz.